Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2008

Desabafo- A saga da aposentadoria

Sou professora com 29 anos de sala de aula na rede pública de ensino. Uma professora sempre comprometida com a educação que nunca foi a sala de aula para embromar os alunos, nunca chegou atrasada, sempre entregou as notas no conselho de classe e sempre manteve seus diários impecáveis. Meus alunos me achavam rigorosa mas todos eles me adoravam porque cobrava o que ensinava e nunca deixei de explicar quantas vezes fosse preciso se um ou outro não entendia a matéria. Trabalhei com matemática nos últimos 15 anos mas mesmo assim fui professora paraninfa em muitos anos de minha vida. Trabalhei somente em três escolas nesses 29 anos e em todas tive comportamento exemplar, se saí delas foi porque mudamos de cidade e tive que optar por uma mais perto de minha casa. A primeira escola em que trabalhei era na minha cidade, no interior, lá fiquei 6 meses. Casei e vim transferida para o Rio de Janeiro. Eu era uma menina com apenas 20 anos e fui coordenadora de turno de alunos do ensino médio, muito

Os colégios que trabalhei....

Como foram importantes para a minha vida os colégios que trabalhei. Foram só três, o Colégio Estadual Marechal Deodoro da Fonseca em Itaperuna, o Colégio Estadual Cândido de Mello Leitão no Rio de Janeiro e o Colégio Professora Alcina Rodrigues Lima em Niterói, esses estaduais. Trabalhei também no Centro Educacional de Niterói, que era particular. No Marechal Deodoro trabalhei somente por seis meses, porque quando fui chamada para ingressar no magistério estadual, depois de um concurso, já tinha casado e morava no Rio de Janeiro, meu pai que era diretor de escola, com sua influência no meio, conseguiu me transferir por uma permuta. Nessa época eu morava na Tijuca e era casadinha de pouco. Duas vidas começando. Fui então para o Colégio Estadual Cândido de Mello Leitão situado na Penha, dentro espaço da Sociedade Nacional de Agricultura, onde fica a antiga escola Escola Venceslau Bello no endereço Av. Brasil, 9727 - Rio de Janeiro eram dois prédios emprestados ao estado e aí funcionava

Clarice Lispector

A TANIA KAUFMANN] " Berna, 6 de janeiro 1948 Minha florzinha, recebi sua carta desse estranho Bucsky datada de 30 de dezembro. Como fiquei contente, minha irmãzinha com certas frases suas. Não diga porém: descobri que ainda há muita coisa viva em mim. Mas não, minha querida! Você está toda viva! Somente você tem levado uma vida irracional, uma vida que não parece com você. Tania, não pense que a pessoa tem tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e continuar a mesma. ATÉ CORTAR OS PRÓPRIOS DEFEITOS PODE SER PERIGOSO - NUNCA SE SABE QUAL É O DEFEITO QUE SUSTENTA NOSSO EDIFÍCIO INTEIRO. Nem sei como lhe explicar, querida irmã, minha alma. MAS O QUE EU QUERIA DIZER É QUE A GENTE É MUITO PRECIOSA, E QUE É SOMENTE ATÉ CERTO PONTO QUE A GENTE PODE DESISTIR DE SI PRÓPRIA E SE DAR AOS OUTROS E ÀS CIRCUNSTÂNCIAS. Depois que uma pessoa perder o respeito de si mesma e o respeito de suas próprias necessidades – depois disso fica-se um pouco um trapo. Eu queria tanto, tan